Um
estudo, teve como objetivo, obter uma análise detalhada de estressores
encontrados através de treinadores de elite, no Reino Unido. Foram
entrevistados 6 técnicos masculinos e 6 femininos com experiência
internacional. Essas entrevistas transcritas foram analisadas indutivamente por
três pesquisadores independentes. Dez temas de ordem superior surgiram,
demonstrando que os treinadores experimentaram uma ampla gama de estressores
(por exemplo: conflito, pressão e expectativa, preocupações dos atletas,
preparação para competição, isolamento). O conflito dentro da organização
apareceu como tema-chave, indicando que as habilidades de comunicação podem ser
importantes para ajudar os Coaches a
funcionarem efetivamente como parte de uma equipe organizacional mais ampla. Os
resultados, também destacam a importância do treinamento de habilidades
psicológicas para treinadores, para ajuda-los a lidar com as diversas demandas
do ambiente esportivo de nível mundial!
A vida de um técnico esportivo pode ser tão ou mais estressante que a de
um atleta. A pressão por resultados exercida sobre ele é grande, pois ele é o
posto central da equipe. Além do mais, ele tem que conseguir trabalhar bem as
relações com seus atletas, com a própria comissão técnica e com os dirigentes;
passar todo o esquema tático e ainda fazer com que seja bem aplicado. Nas
categorias de base, exerce uma influência ainda maior, pois é um dos principais
responsáveis pela qualidade das experiências esportivas de crianças e jovens.
Por isso, não é surpreendente, quando vemos alguns técnicos tendo
comportamentos extremados em campo/quadra, denotando total descontrole
emocional e mental, muito longe do ideal, e que denigre sua imagem e serve de
mal exemplo para os atletas. O psicólogo do esporte pode e deve oferecer os
seus serviços e apoio, também ao técnico, podendo ser beneficiado e muito com o
atendimento psicológico!
Fonte:
Olusoga,
P.; Butt, G.; Hays, K. & Maynard, I. Stress in Elite Sports Coaching:
Identify Stressors. Journal of Applied
Sports Pshychology, volume 21, pages 442-459, 2009.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10413200903222921